Curtas


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Entrevista Ultras NASC



Ola Pedro antes de mais obrigado por nos concederes esta entrevista…

Nome: Pedro Dias Cardoso

Percurso Desportivo: Começou a jogar na época 95/96 no Grupo Desportivo de Samora Correia (antigo clube de Samora) até 1998 onde nesse verão se mudou para o Sporting Clube de Portugal e lá esteve durante três anos clubes onde fez a sua formação como jogador. Já como sénior foi para o clube rival durante um ano e na temporada 02/03 regressou a 100% a Samora, jogando no ainda Grupo Desportivo e dois anos depois Núcleo de Andebol de Samora Correia (em virtude da separação do Futebol do Andebol) onde se encontra à 13 épocas.

Ultras NASC: Fizeste toda a formação inicial no NASC tendo depois representado o Sporting durante três anos o que o fez voltar? 
Pedro Cardoso: O Andebol nacional neste momento a nível da primeira divisão esta nivelado por baixo em relação à altura devido ao panorama  financeiro na actualidade, nessa altura até muitos clubes na segunda divisão tinham atletas estrangeiros e de qualidade por isso é muito difícil a um atleta  jovem  integrar o plantel sénior do Sporting. Já para não falar que na altura passávamos a seniores com 18 anos e não por volta dos 20 como hoje em dia, além disso tudo na minha última época de júnior parti um dedo da mão tendo de ser operado e não tendo jogado o resto da época.
Fui então emprestado pelo Sporting mas no primeiro jogo de treino da época voltei a partir o mesmo dedo (com fractura exposta) e estive mais de meia época sem jogar. Na época seguinte voltei a Samora de onde nunca mais saí e onde represento o clube da terra que eu amo.

UN: Pelo teu percurso podemos pensar que já tiveste muitos treinadores. Qual o que mais te marcou?
PC: O treinador que mais me marcou foi sem dúvida um grande homem que já não está entre nós de seu nome Manuel Brito. Eu era atleta júnior e foi ele que me chamou pela primeira vez para treinar pelos seniores do Sporting, ele tinha uma paixão pela modalidade, pelo clube e a garra que ele nos impunha era algo de extraordinário. Foi pena os responsáveis do Sporting o terem dispensado da maneira que o dispensaram porque nunca mais tiveram alguém que representasse o que era o verdadeiro Sporting no andebol.

UN: Qual o pior e o melhor momento da tua vida no andebol?
PC: Para além das lesões graves que tive foi nessa altura que sai do Sporting porque não é fácil um miúdo como eu era na altura e com a paixão que tinha pela modalidade e o sonho de poder singrar no andebol nacional ter de abdicar disso. Mas ai se vê quem tem capacidade de superar isso e continuar a jogar e a lutar todos os dias para ser melhor e não desistir como muitos o fazem. Quanto a melhores momentos tive vários que é muito difícil nomear um em específico, mas há momentos que são sempre muito importantes como as várias subidas de divisão que conseguimos, o ter tido o orgulho de representar os dois clubes que mais amo na vida (NASC e Sporting) e poder ter jogado num pavilhão completamente cheio a apoiar-me a mim e aos meus colegas como é o de Samora.

UN: O andebol sénior do Núcleo de Andebol de Samora Correia está um pouco abaixo da época passada. Quais achas que são as diferenças em relação à época passada para que tal aconteça?
PC: Eu respeito mas não concordo com essa opinião e vou explicar o porquê de não concordar. A época passada tínhamos um dos melhores planteis que já passaram por Samora mas não se traduziu em resultados devido a diversas situações que não vou nomear visto serem do foro interno do clube, já esta época com um plantel mais limitado neste momento estamos já com resultados melhores que na época passada. Tenho confiança que ainda podemos vir a melhorar, talvez o facto de não termos um atleta que decida só por ele os jogos obrigue todos os outros a darem um pouco mais para atingir os objetivos.

UN: Sendo tu um dos atletas mais velhos do plantel ainda podemos ver  te nos próximos anos a dar tudo pela camisola do NASC?
PC: Esta época será a minha ultima como jogador, não foi uma decisão nada fácil de tomar e foi muito ponderada em conjunto com a minha família. Eu apesar de ter a noção que poderia ainda jogar mais uns anos como outros colegas meus o fizeram tenho também a noção que daqui para frente com o peso que tenho e as lesões que tive recentemente me andaria a arrastar, quero sair ainda com a noção que não estou apenas para encher plantel mas que ainda posso fazer a diferença em alguns jogos. Está também na altura de dedicar mais tempo á minha família que ao longo dos anos tenho abdicado da minha presença em prol do andebol visto que nestes anos todos eu fui sempre um atleta presente quer nos treinos quer nos jogos. Acima de tudo nunca deixarei de apoiar o clube que tanto amo e estar presente entre vós para continuar a apoiar os meus colegas.

UN: Desafio-te a deixar uma mensagem a toda a família NASC…
PC: Gostaria  muito que estes miúdos da nossa formação trabalhem como eu trabalhei para poder ter o orgulho de representar este clube e a nossa terra em todo o lado em que forem jogar. Não desistam ás primeiras adversidades porque todos os jogadores são importantes quer os que jogam mais quer os que por vezes possam nem ser convocados pois vocês são o futuro do NASC. Quero também agradecer a todos os que nos têm apoiado quer nos jogos quer no dia-a-dia porque sem o vosso apoio não seria possível.

Todos unidos no mesmo sentido seremos mais fortes.
Força NASC!