Ola Pedro antes de mais obrigado por nos conceder esta entrevista…
Nome:
Pedro Nuno Lageira de Oliveira Fonseca
Pedro Fonseca no dia da despedida/homenagem |
Idade/data
de nascimento: 41 - 10/04/1972
Ultras NASC: Quando começaste a
praticar e como surgiu o andebol no teu caminho?
Pedro Fonseca: Comecei a praticar com cerca de 6, 7 anos. Na altura
ainda os treinos e os jogos eram no ringue do Bairro Nossa Senhora de Oliveira,
junto a onde morava. Lembro-me de assistir aos jogos e a alguns treinos e um
dia por convite do treinador pioneiro em Samora Correia, o Pedro Almeida,
comecei a treinar e nunca mais parei, foi ai que tudo começou.
UN: Como definias a tua postura
em campo? E como te definias como jogador?
PF: A minha postura em campo sempre foi de dar tudo por este clube
(estes clubes de Samora que foram 3 os que representei em diversas fases da
historia do andebol desta cidade, SFUS, GDSC e NASC), o que me levava muitas
vezes a passar dos limites e a ser excluído do jogo, por levar os jogos muito a
peito. Como jogador, era um bom atacante mas não tão bom a defender, era um
jogador de raça, com um bom remate e uma boa impulsão, o que me levou a jogar
em todas as posições da equipa, conforme a necessidade da mesma. Um jogador que
sempre deu prioridade aos clubes da terra e que sempre se recusou a jogar por
outro clube (mesmo depois de ter passado por treinos no clube de coração o
Sporting, quando me anunciaram que ficaria numa 1ª fase na equipa B, preferi
ficar em Samora e jogar contra a equipa A deles, na altura no escalão de
juniores e ficar a jogar com os meus companheiros de sempre).
UN: Qual foi teu o pior e o
melhor momento da tua vida no andebol?
PF: O meu pior momento foi sem dúvida a lesão no joelho, ainda por
mais num treino, que me arredou durante quase uma década, numa fase onde estava
a aliar os conhecimentos e as qualidades que tinha com a experiencia adquirida
ao longo dos anos.
Quanto aos melhores momentos,
foram muitos, desde as camadas jovens, com vários títulos e com a passagem pela
1º Divisão Nacional de Juniores onde na altura jogamos com grandes equipas
(Sporting, Benfica, Estrelas da Avenida…), passando pela 1ª subida da equipa de
Seniores à 3ª divisão (participando na mesma, ainda quando pertencia à equipa
de esperanças, fazendo muitas vezes jornadas duplas, ao fim de semana,
participando nos jogos dos dois escalões). Os diversos jogos contra grandes
jogadores de top nacional (ex.: Ricardo Andorinho, Pedro Gama, Vasco Ribeiro,
Carlos Galambas), entre outros uma passagem por um estagio da Seleção Nacional
quando estava no (antigo) escalão de esperanças, onde fui selecionado para
fazer parte de uma pré convocatória onde constavam 60 jogadores, vinte na zona
norte, vinte na zona centro e vinte na zona sul de onde depois foi escolhido o
grupo final, para representar a nossa pátria (grupo esse do qual já não fiz
parte, mas foi um orgulho enorme na altura pertencer aquele grupo de 60) e como
não poderia deixar de ser, até a todas
as vitorias contra os nossos vizinhos adcb, que tinham sempre um gosto muito
especial e que davam um gozo enorme.
UN: Como vês o andebol de
antigamente com o de hoje em dia?
PF: Hoje o andebol é muito diferente, muito mais rápido, as equipas
treinam muito mais e preparam-se muito melhor, com condições que não se
comparam com as existentes na altura, em que treinávamos muitas vezes à chuva,
num ringue, depois chegamos a andar com a mala às costas e a treinar e jogar
fora de casa, não tínhamos departamento médico nem máquinas de ginásio onde
pudéssemos trabalhar outras partes do corpo e fazer treinos específicos (os
nossos tratamentos quando nos lesionávamos era….”mete gelo”…. E muitas vezes
fazíamos o mesmo dentro dos copos.)
Hoje o andebol evoluiu muito e
tornou-se mais competitivo, mais rápido e mais tactico.
UN: O Torneio Carlos Fonseca é um
Torneio em homenagem ao teu pai, um dos fundadores do NASC como sentes esse
torneio e essa homenagem?
PF: É com grande orgulho que assisto todos os anos a esse marco,
que se está cada vez mais a tornar histórico na vida do clube e que graças ao
excelente trabalho de todas direções que têm passado por este clube, tem
melhorado de ano para ano, apresentando cada vez mais um leque de equipas de 1ª
escolha. Isto faz com que de ano para ano seja já um dos grandes torneios
existentes a nível nacional e isso enche-me de orgulho a mim a de certeza ao
homenageado que vê o excelente trabalho que está a ser feito nesta terra e neste
clube pelo andebol.
Desafio-te a deixar uma mensagem
a quem nos acompanha na nossa página…
Pedro Fonseca: Nunca deixem de acreditar e de apoiar as nossas equipas
e tenham presente que o céu é o limite… e que ainda muito está para acontecer e
conquistar.
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