Olá Pedro, obrigado por ter aceite responder a algumas
perguntas para o nosso blogue.
Fizemos o trabalho de casa e pesquisamos um pouco sobre si…
“Começou a destacar-se no panorama nacional ao serviço do SL
Benfica, treinado pelo professor Ângelo Pintado. Cedo se percebeu que Pedro
Gama poderia tornar-se num dos melhores centrais do andebol nacional, face à
sua rapidez de execução, técnica elevada e facilidade no um para um.
Uma grave lesão no ombro obriga-o a afastar-se precocemente
da modalidade ao mesmo tempo que o SL Benfica caminha para a extinção da
secção. No entanto, o professor Ângelo Pintado não se esquece do seu
"aprendiz" e desafia Pedro Gama a regressar aos recintos ao serviço
do Olivais e Moscavide, que na altura disputava a III Divisão.
Em 4 épocas, o Olivais e Moscavide transita da III Divisão
para a Liga, sob a batuta de Pedro Gama, que apesar da lesão sofrida consegue
voltar aos melhores palcos do andebol nacional, merecendo inclusivamente novas
chamadas à Selecção Nacional apesar de actuar de um clube de menores dimensões.
Em 2003/04 depois de diversas tentativas leoninas, ingressa
finalmente no Sporting Clube de Portugal, onde permanece durante 4 temporadas e
conquista os principais títulos da sua carreira: Dois campeonatos da Divisão de
Elite e duas Taças de Portugal.
No entanto, fica no clube apenas por mais uma temporada
2006/07, rumando depois ao Belenenses, onde terminaria a sua carreira enquanto
atleta.
Passou então a integrar a equipa técnica do SL Benfica,
substituindo no início da temporada de 2009/10 o técnico José António Silva no
banco dos encarnados.”
Assim começou a sua vida como treinador de Andebol.
Ultras NASC: Diga-nos alguma diferença que vê no andebol em Portugal do
seu tempo para os dias de hoje?
Pedro Gama: O andebol no meu tempo tinha mais apoios do que
aquilo que se consegue hoje. Creio que a minha geração teve a felicidade de
poder estar no melhor período do andebol de sempre. Isso tem reflexo hoje na
qualidade dos jogadores, mas o lado negativo é o estado financeiro da maioria
dos clubes.
UN: Sendo um ex-internacional e
jogador de alta competição acha que isso o ajuda diariamente como treinador?
PG: Claro que o ter representado três
dos maiores clubes da modalidade e durante o tempo que o fiz ajudou imenso o
nível competitivo e a pressão a que estávamos sujeitos era constante, podendo
ainda projetar estas experiencias para o nível internacional foi fantástico a
todos os aspetos. Estas experiencias melhoraram me muito como jogador, e claro
dão uma ajuda muito grande enquanto treinador.
UN: A sua carreira como jogador foi
brilhante, como treinador consegue prever o que lhe espera ou onde pode chegar?
Tem algum objectivo/sonho como treinador que queira realizar?
PG: O meu maior sonho como treinador
é poder ajudar onde quer que esteja, ser treinador não é fácil, lidar com
varias mentalidades e adversidades inesperadas, o treinador é pai, amigo,
inimigo e concelheiro.
Dado o estado atual do andebol
não tenho aspirações a longo prazo na modalidade. O principal é conseguir deixar
uma marca pessoal e de amizade na maioria dos jogadores que treinar.
PG: A minha história vocês
conseguiram descreve-la quase na integra na primeira parte desta entrevista.
Comecei com 11 no Benfica, depois de ter sido visto por uma comentador de
andebol num torneio da cidade de Lisboa.
Foram 17 passados no mesmo clube
passando por todos escalões. O fim da secção e uma lesão grave
levaram-me a deixar de jogar e mais tarde á 3 divisão no Olivais e Moscavide,
após isso foi novamente as convocatórias para a seleção após 9 anos de ausência.
Sporting 4 anos, Belenenses 1 época e o fim por opção.
Ao fim de 25 anos como jogador
teve a felicidade de conquistar:
- 2 campeonatos juniores
- 2 campeonatos seniores
- 3 taças de Portugal
- 1 taça presidente da república
- 1 taça anca
- 104 internacionalizações
- vários títulos individuais
UN: O que pode falar sobre estes
primeiros tempos no clube?
PG: Os primeiros tempos no clube
foram excelentes, começando pela força como fui contatado e recebido pela
direção assim como por toda gente ligada ao andebol do NASC.
PG: Lamentavelmente não é uma fase, é
uma constante, houve um desinteresse dos jogadores em treinar, acho que
poderíamos a esta altura ter os nossos objetivos concretizados se o plantel
tivesse mantido o mesmo interesse e intensidade demonstrada no inicio. O
plantel tornou-se muito curto. Peço desculpa a todos por não ter consigo
motiva-los de maneira a manterem o interesse comum de atingir o que nos foi
proposto.
UN: Deixe uma mensagem a todos os
sócios do NASC e seguidores do nosso blogue…
PG: A todos os sócios o meu muito
obrigado pelo carinho e apoio
demonstrado jogo após jogo mesmos quando as coisas não correm bem. Sem
duvida em vocês o clube vai conseguir manter uma estrutura e ligação para que
de futuro o numero de praticantes seja cada vês mais em Samora. Para a direção o meu apreço e admiração pelo
esforço e empenho que dedicam ao clube e á equipa sénior, têm sido incansável
na tentativa de resolver todas as adversidades com que nos deparamos.
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